domingo, abril 8

Domingo de páscoa

No dia de hoje
com a força de um falcão que se arremessa
 à sua presa
 Eu me arremesso, apegando-me
a Deus
   e
ao tombar no colo de um desconhecido
estranho o seu cheiro, as suas coisas
desconhecidas
tangenciando o meu corpo enquanto proponho
com os olhos-espelho da Anarquia Divina
que desça deste pedestal ao qual me escoro
e pese a carne sagrada sobre a minha
(profana)
engendrada em pecado, coitada
esta que clama
de fome, sede
e fé alguma.