ouça a voz dos réus
que abriga a tua razão
vem dos ruídos em salas de cinemaque abriga a tua razão
lotadas, nasce em salas de cinema
ouça a voz na tela
ouça a voz na tela
há um cão na poltrona
vizinha.ouça a voz na tela
há latidos por toda a projeção
da noite, a sala muito escura
late.
Uma calçada de concreto.
Quem te fez pedra?
há de morrer em tua razão
quantos réus e cidades
às suas pedras e guinchos
Guindar as poltronas.
as portas fechadas
o poste de luz amarela
(a última lâmina da avenida)
guindar estas calçadas
-
se os seus cabelos
fecham a imersão
que é o seu rosto, e mais nada
quando a poltrona encontra o chão
e as suas mãos não erguem mais
o copo
se os seus cabelos fundem à mascara
que cicatriza o seu rosto:
assistir a cena da noite
numa sala escura latindo
latindo, ébria na pedra da calçada
que a sua mão não ergue mais
o copo
assistir a cena do dia
quebrar espelhos
- ela é a mulher! –
guindar a cena :
finalmente
despencá-la.
que é o seu rosto, e mais nada
quando a poltrona encontra o chão
e as suas mãos não erguem mais
o copo
se os seus cabelos fundem à mascara
que cicatriza o seu rosto:
assistir a cena da noite
numa sala escura latindo
latindo, ébria na pedra da calçada
que a sua mão não ergue mais
o copo
assistir a cena do dia
quebrar espelhos
- ela é a mulher! –
guindar a cena :
finalmente
despencá-la.
Içar! Essa garota é papo firme .
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