quinta-feira, março 13

ta tête

não!
agora não posso tocar a sua cabeça
ela pode derreter-se
espatifará em pedaços
na minha mão
a sua cabeça
diluída em azul
 marinho, misturando
inconsciência onde amarro
não!
não posso guindar-me em tua cabeça
que é um mar de cinzas
quando me olhas de cima
seguras teu cajado
e diz
(eloquente do céu da boca)
- cá estou, esvazie em tuas mãos
a minha cabeça.

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