Quando o silêncio soa
absurdo
uma agonia me distende a garganta,
Meu Deus,
quanto grito detêm-se
pedras em meu peito de lata.
quantos ruídos breves
agudos ruídos trincados
à glote.
vejo: um tronco torto minhas pernas
podem sentir a dor profunda
a encobrir-se esta casa tão só
poeira e bolor
Presenças restritas.
Um cavalo desanda o trote
porque sente fome ou dor
no couro
- o que lhe falta é coragem - ouço
pela calçada
o esgoto é quente
e fede.
o bueiro lembra-me morte por água.
Eu choro essa lembrança.
desembaraço-a fraca em lembrar
Para então, ao fim da noite,
deitá-la comigo.
De ré movimenta-se o cavalo
meu desejo avesso é
o combustível E
se ele sentisse o sabor da minha garganta
nessa hora
a essa hora
engrenaria o assombro da velocidade
limando qualquer
entrave.
saudadeeeesss...
ResponderExcluirCarlo Lagos.
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