“anjo
nenhum pode curar-tedo teu nome”
Paul Auster
os trilhos
vagões lotados teus olhos ignotos
eu o desejo aos pés de teus fantasmas
– eles não dizem nada.
sim, Pedro, mais fácil seria outro nome
fosse Nuno pesaria
nem metade dessa pedra arrastada
em língua morta:
Petrus. trapos de língua. trapos
nós. Petrus a noite engole e somos
dois vagabundos entre contas azuis tomadas pelo asfalto
preto – tantos furtos – cada vez
menos de mim
nós. Petrus a noite engole e somos
dois vagabundos entre contas azuis tomadas pelo asfalto
preto – tantos furtos – cada vez
menos de mim
comigo:
dirá que te pertenço
quem souber o que me resta.
quem souber o que me resta.
gostei bastante da penúltima estrofe, fer. talvez tirasse apenas essa repetição de trapos: "trapos / nós", porque não enxerguei o motivo. eu também diria que ele ta sério demais (se levando a sério demais), como se escrito por uma senhora - ainda que uma senhora culta e sensível - de outra época, saca? há uma solenidade que você poderia suavizar com o artifício do humor ou da auto-ironia, na minha opinião, pra não ficar um poema expressivista. acho que pode retrabalhar o seu "eu" expondo-o um pouco mais ao ridículo. beijo grande!
ResponderExcluir"Qual a palavra
ResponderExcluirque todos os homens sabem?"
(Ana C.Cesar)