sábado, setembro 1

Poema oblíquo

É para catar piolhos

 os teus cabelos, anacrônicos
que levianos lambem o vento
soltos       
                   
   perto
presos
                no ar

 

Há. Para trás há sombra
                   
habitantes invisíveis
permeiam, traçam o plano
(tesoura  nasce
tesoura)

longínquo.
então ele cabe, exato, em seu corpo
Ana
tão genérica,
tão fugaz.

Poderia traçar, perfeita, o plano.
 

compor raízes pálidas
entre cartéis do caos
o resgate, a loucura dos teus olhos
como piscam, pálidas pálpebras
rasgando, um sorriso de bic
em sua boca, nasce
a tesoura
que risca a testa em sua cor
mais ávida – vermelha
vermelha, vermelha.

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