a noite
derrete
(um corpo
emergindo dos degraus)
pernas
plásticas cingindo
o breu,
elas transcorremo salão num vulto morno
de rumor e fibras
- por
favor, mamãe, nenhum desastre.
os tigres
de agosto, o repouso nu
de seus
entornos revolve fantasmas.nunca perdoam, estampam
em lanhos a cicatriz da fome
- por
favor, mamãe, nenhum desastre.
a ave
bicuda de agosto
atesta a
sua fome na casa ao lado.aborta o sono da casa ao lado.
(desiste à tarde, grave mudez)
reside na noite – insidiosos
hertz de lisergia e caos
insidiosa noite,
habita o caos
de seus ecos imperativos:
desiste
desiste
e desistir
mamãe,lhe custa a vida.
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