brecha
de luz rasgando a noite:
é quando a lua alcança
– atinge – um rosto oculto entre nós
( difuso
abrigo
no breu)
– escancara – corrompido
farol de novos olhos
seciona, lesiona, não para.
em face à sacada, febril:
o quarto – uma arena
cuja luz dispõe a cena:
temem-nos estantes, relíquias
ínfimas de toda a viagem
temem-nos filhos atentos, dobrados
na pausa de entreouvidos
– quando um suspiro quase resgata
a clareza em sua fisionomia –
temem-nos cartas cordas membros monumentos
obituários
inúteis:
o meu próprio temor
escorre em vias duma fúria
altiva, tão alta
_________ como a lua.
e quem há de temer?
não há
quem tema
por nós
quando o furor invade
e já os corpos evadem
- ao longe – depois da Terra
onde o peso da matéria
se refaz.
lendo e aprendendo... que linda sua língua!
ResponderExcluirdisse que gostei desse poema lá na oficina e lendo aqui achei mais bonito ainda! gostei daqui também...
ResponderExcluirbj,
joão