(palavras) uma pedra (palavras)
rompe o vidro e à janela
o vento dança um corpo de cortinas
– corta – um golpe de ar alavanca
como um voo lento
o golpe do tempo
erigido ao som de palavras:
rompe o vidro e à janela
o vento dança um corpo de cortinas
– corta – um golpe de ar alavanca
como um voo lento
o golpe do tempo
erigido ao som de palavras:
– você conhece a caixa de Pandora?
veja aquele homem apenas isso
pergunta ao telefone
trôpego – travelling – torto
num movimento de armas
– move seus braços – quase uma bandeira
no tempo – muda – sem pátria
ele rui incisivo – um réptil grunhindo –
cedendo pela fúria em suas palavras
elas que pesam uma existência
congeladas na mesma questão:
– você conhece a caixa de Pandora?
o vento arranca
o vidro está quebrado a janela está aberta
o homem arranca e passa
desertando a rua – uma presa –
na selva da mesma questão:
pergunta ao telefone
trôpego – travelling – torto
num movimento de armas
– move seus braços – quase uma bandeira
no tempo – muda – sem pátria
ele rui incisivo – um réptil grunhindo –
cedendo pela fúria em suas palavras
elas que pesam uma existência
congeladas na mesma questão:
– você conhece a caixa de Pandora?
o vento arranca
o vidro está quebrado a janela está aberta
o homem arranca e passa
desertando a rua – uma presa –
na selva da mesma questão:
- você conhece a caixa de Pandora?
poema lindo fernanda, mesmo incrível, parece que vou ter de ler mais coisas tuas, a caixa de pandora eu imagino que seja algo que temos todos nós humanos, isso é que não se pode perder de vista, a caixa de pandora não é particularmente de pandora, os demônios são o mundo e o inferno são os outros, alguém já disse, a curiosidade de pandora, que afinal abriu a caixa, é algo que não testemunha contra pandora, porque ela, como qualquer um, como a sonda que vai pra marte, peca pelo mesmo pecado de todos os seres humanos, que é também o fundamental pra que exista o conhecimento, esse que te permite escrever um poema desses, a curiosidade.
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